quarta-feira, 11 de março de 2009

Cibercultura: uma cultura de qualidade?


Falar que uma cultura é melhor que outra é um erro gigantesco. A cultura africana tem muitas riquezas assim como a cultura européia, por exemplo. No entanto, surge neste novo século uma nova atividade que muitos chamam de cultura, a "cibercultura".


Com o advento da internet, o mundo ficou menor. Através de bate-papos e do messenger, um brasileiro pode falar com um australiano sem dificuldades, uma vez que para viver nesse mundo globalizado, aprender o inglês se tornou obrigatório. Em um estudo, apesar de haver vários locais do Brasil onde há pessoas que nunca foram apresentados ao ciberespaço, o brasileiro é o que passa mais tempo on line.

Segundo o pesquisador de cibercultura Pierre Lèvi, até os professores terão que se adaptar a esse novo espaço, não apenas gerando conhecimentos para seus alunos, mas fazendo-os discutir os conhecimentos que eles já tem, pois teoricamente o ciberespaço terá ensinado muito a eles neste tempo que eles passam diante do computador. Nesse aspecto eu discordo. Tenho três primos e dois irmãos, todos adolescentes. O tempo que os jovens estão passando hoje diante do computador não é para aprender ou se informar. Ou é para acessar sites de relacionamentos ou é para jogar games on line, gastando o tempo que eles poderiam estar estudando ou lendo um livro.


Tudo no ciberespaço é imediatista. O usuário quer rapidez, e para educação, tempo nem sempre é um aliado. Hoje lendo o site da revista Época fiquei sabendo que a "literatura" via sms chegou ao Brasil. Sucesso no Japão, os textos tem no máximo 120 caracteres. E parece que isso é suficiente para os internautas tão atarefados em jogar e publicar fotos no orkut.
Como já disse em outro post, acredito que a internet trouxe um mundo de facilidades, mas acho que sites que "vendem" realmente cultura deveriam ser melhor divulgados, para que nossos jovens aprendam a realmente usar o ciberespaço e adiquirir com isso uma cultura responsável, ou nas palavras de Alex Lamikis, editor da revista digital Bitiniks, ser um novo ciberpunk " Gosto de tecnologia e a emprego para fazer valer meus direitos. Algum problema?"


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