E por falar em preconceito...

Um dos melhores filmes de 2008/2009 infelismente não concorreu a nenhum Oscar. Nenhum se quer. E merecia, principalmente para melhor ator. Não é de hoje que ele é indicado para o Oscar, tanto de melhor ator quanto de melhor diretor. Já foi reconhecido com 4 estatuetas por seu trabalho como diretor para os filmes "Os imperdoáveis" e "Menina de Ouro".

Estou falando de Clint Estwood e o excelente "Gran Torino" em cartaz em todo o Brasil.

A história do filme é muito bem contata, e você sente que está amadurecendo no decorrer do filme junto com Walt Kowalski (Clint Eastwood), ou Mr. Kowalski para os menos íntimos. Walt começa o filme com uma falta de paciência sem igual. Totalmente racista e adepto do protecionismo que assombra o mundo, com a atual crise econômica mundial, o senhor ranzinza não consegue se entrosar com sua própria familia. No funeral de sua mulher, ele olha atentamente todos os membros da família, da neta adolescente que não tem modos, ao filho que não consegue mecher uma palha para ajudar o pai. No discurso do padre sobre a vida e a morte, acredito que esteja a melhor explicação para o que é o Walt. "A morte é amarga e doce".

Os vizinhos de Walt são todos asiáticos, e isso o deixa frustrado devido o seu preconceito, mas ele acaba salvando e se aproximando de uma jovem, que não se sente acuada com o preconceito de Walt. A partir daí Walt mergulha nas tradições e na cultura daquele povo e acaba se aproximando, como jamais havia feito com seus filhos, de Sue (Ahney Her) e Thao (Bee Vang). Este último, Walt se torna mais que um amigo, ensinando o menino a viver, a se tornar um homem, a ter uma perspectiva de vida, uma vez que a maioria dos meninos daquela região ou são presos por se juntar a quadrilhas ou morrem (mais ou menos o que acontece com grande parte dos jovens das favelas do Brasil).

Acho que o presidente Lula deveria assistir esse filme e ver que preconceito é coisa do passado.